Mediocridade em três versos (ou o ocaso de uma luz)
Se um dia eu acordar, tremendo, entorpecido
É possível que sofra, ainda assim.
Dor não é coisa pouca,
Além da lucidez,
Do ódio, esperança e da nudez.
A morte é o descanso enfim.
Fosse essa a dor de amor, cafona, alucinada
Salvação teria, sempre há.
A vida não é romance porém
E o consolo nem sempre vem
A miséria aqui viverá.
Ouça a voz dos medíocres, covardes, inúteis.
Seu canto é rouco, sufocado
Reprimido e anestesiado.
Potência dispersa no ar.
Mais um medíocre a falar.
DLBJ
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