Carta ao poeta
Certa feita, um poeta me disse:
Nem sempre se dá o que se quer
A vida é maldita, contida, regrada
Se fosse perfeita, não seria vida
Seria mulher.
O poeta sentia falta
Do que nem mesmo vivera
E pôde expressá-lo com lindas palavras
Artista das letras, poeta que é.
Que posso a ele dizer?
Sinto o mesmo, confesso
E não o falo por dever
Mas porque quero, preciso, peço.
Palavras, fuga da alma
Através delas, o desejo escorre
Enquanto o corpo, adormecido, morre
Por elas, mantém-se a esperança
E voa-se...
Doce crueldade!
Querido poeta: é hora de voltar a sonhar.
Eu já comecei.
DLBJ
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