sexta-feira, 20 de maio de 2011

Poema da Mediocridade





Mediocridade em três versos (ou o ocaso de uma luz)





Se um dia eu acordar, tremendo, entorpecido


É possível que sofra, ainda assim.


Dor não é coisa pouca,

Além da lucidez,

Do ódio, esperança e da nudez.

A morte é o descanso enfim.



Fosse essa a dor de amor, cafona, alucinada

Salvação teria, sempre há.

A vida não é romance porém

E o consolo nem sempre vem

A miséria aqui viverá.



Ouça a voz dos medíocres, covardes, inúteis.

Seu canto é rouco, sufocado

Reprimido e anestesiado.

Potência dispersa no ar.

Mais um medíocre a falar.


DLBJ

Nenhum comentário:

Postar um comentário